O Centro Cultural e de Documentação Histórica (CCDH) do Judiciário de Rondônia inaugurou, na última segunda-feira (8), a Exposição Permanente Sete Samurais, em homenagem aos primeiros desembargadores do estado. O local conta com galeria de fotos, documentos, mobiliários e outros artigos da época de instalação da Justiça rondoniense. Autoridades, familiares dos homenageados e outros convidados e convidadas participaram da solenidade de abertura, que faz parte da programação de comemoração dos 40 anos do Tribunal de Justiça.

Desembargadores pioneiros são homenageados em sala no CCDH, que integra a Emeron

Magistrados(as) presentes ao evento tiveram contato com os documentos escritos à mão, máquinas de escrever utilizadas, vestes talares, móveis e outros artigos preservados pelo Judiciário e que agora estarão em local especial. Em função da história recente do TJRO, muitos(as) magistrados(as), das primeiras turmas de juízes e juízas de Direito, se reconheceram em fotografias expostas.

Em discurso emocionado, o diretor da Escola da Magistratura de Rondônia (Emeron), desembargador Raduan Miguel Filho, iniciou as falas agradecendo a oportunidade de inaugurar o espaço dedicado aos magistrados pioneiros, com quem conviveu, e enalteceu a bravura dos que saíram de outras regiões para assumir a missão de instalar a Justiça em um novo estado da Federação. Para o desembargador, além de homenagear os Sete Samurais, a exposição também contribui para preservar a história do estado. “Hoje o Centro Cultural e de Documentação Histórica já faz parte do circuito de turismo de Rondônia e pretendemos ampliar essas ações que reforçam nossa memória”, destacou.

O presidente do Tribunal de Justiça de Rondônia, desembargador Marcos Alaor Diniz Grangeia, fez a leitura da poesia de Isabella Abrantes, que faz uma analogia da memória com uma árvore e suas raízes e frutos, ressaltando que a história da Justiça rondoniense deve ser tão valorizada quanto suas conquistas, dentre elas o triplo selo Diamante de Qualidade, conferido pelo Conselho Nacional de Justiça. “Quero agradecer a oportunidade desse reencontro com o passado. Agradecer ao empenho de magistrados(as) e servidores(as) para resgatar essa história e proporcionar esse espaço”.

O presidente e o diretor da Emeron fazem parte dessa história, ao atuarem durante quase 30, dos 40 anos do TJRO e, por isso, aproveitaram a oportunidade para compartilhar histórias. “A homenagem aos Sete Samurais é uma forma que o Tribunal de Justiça, ao completar 40 anos, presta àqueles magistrados que aqui aportaram e investiram suas vidas para que tivéssemos uma Justiça do quilate que temos hoje, então isso nos faz refletir e repensar a real atividade do Poder Judiciário, quer de Rondônia ou do Brasil”, diz Raduan Miguel. “É uma abnegação, uma renúncia, um sacerdócio de pessoas em prol de uma causa que é fazer justiça, daí a representatividade dessa homenagem aos Sete Samurais”, continua.

Sobre a origem do nome, o desembargador acrescenta que se trata de um filme do cineasta japonês Akira Kurosawa (1910-1998): “Ele representou a saga de sete samurais como pessoas lutadoras, que se enchiam de armas e iam conquistar terrenos, espaços e fazer marcar sua presença no mundo, e parodiando essa história veio a brincadeira que hoje tornou-se coisa séria, chamá-los de Samurais pelo pioneirismo que eles tiveram”. Para o diretor da Emeron, tal pioneirismo lembra o citado no hino de Rondônia, que fala dos desbravadores e bandeirantes do estado. “Aquelas pessoas pioneiras que aqui aportaram, como esses Sete Samurais, como eu, que vim de um estado distante, e vários outros magistrados, para aqui prestar a sua jurisdição, então é um momento de muita emoção e reverência ao que eles fizeram para deixar o nosso estado com o Poder Judiciário que temos hoje”, conclui o magistrado.

Desembargador aposentado do TJRO em 2021, Eurico Montenegro também usou sua fala para lembrar do período desafiador da consolidação da Justiça no estado. Familiares dos homenageados, dentre eles o juiz Bruno Darwich, neto do primeiro presidente do TJRO, Fouad Darwich, receberam homenagens e agradecimento da instituição pela contribuição com parte do acervo.

O CCDH fica localizado na Avenida Rogério Weber, em frente à praça das Três Caixas d’Água, e o funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h.

Fonte: Assessoria de Comunicação – Emeron

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