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A Escola da Magistratura de Rondônia (Emeron) promoveu o curso "Falsas Memórias e Psicologia do Testemunho", voltado a psicólogos(as) e outros servidores(as) do Núcleo Institucional Humanizado de Oitivas (Ninho), do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia (TJRO). As atividades foram realizadas de 7 a 10 de outubro, na sede da Emeron, em Porto Velho.

O curso, com carga horária de 32 horas-aula, foi ministrado pela psicóloga e perita judicial cadastrada no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), Fernanda de Vargas. Graduada em Psicologia pela Universidade Franciscana (UFN) e especialista em Psicologia com ênfase em Saúde Comunitária pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Fernanda apresentou uma abordagem completa sobre o tema.

Durante os três dias de curso, a docente abordou temas como: introdução à psicologia jurídica, principais demandas para avaliação psicológica no contexto forense, psicologia do testemunho, funcionamento da memória, falsas memórias e seu impacto no processo penal, distinção entre falsas memórias e mentiras deliberadas, o papel do psicólogo no contexto das falsas memórias, estratégias para minimizar sua ocorrência, bem como as limitações e possibilidades de atuação do psicólogo no âmbito forense.

O objetivo do curso foi capacitar os participantes com novos conhecimentos sobre o papel da psicologia do testemunho e das falsas memórias, visando melhorar o desempenho dos profissionais no contexto forense, promovendo uma prática ética que integra psicologia e direito, além de evitar erros judiciais decorrentes de falsas memórias.

A psicóloga e chefe do Ninho, Suélen de Araújo Borges, destacou que o curso ajudou a compreender como a memória pode ser alterada ou influenciada em contextos legais. Para Suélen, a formação foi de grande relevância, especialmente em situações de julgamento, onde o depoimento de uma testemunha pode ser decisivo.

"O estudo das falsas memórias também foi importante, pois revela como as pessoas podem acreditar em eventos que nunca aconteceram, o que pode levar a erros graves, como a condenação injusta de alguém", explicou Suélen.

Ela ressaltou ainda a importância do curso ser presencial, já que essa dinâmica possibilitou a interação com colegas assistentes sociais e psicólogos de outras comarcas, enriquecendo o aprendizado. “O diálogo proporcionado durante o curso contribuiu para uma melhor assimilação do conteúdo e sua aplicação prática na atuação profissional”, avaliou.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação – Emeron

Permitida a reprodução mediante citação da fonte Ascom/Emeron

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